sábado, 31 de julho de 2010


Brucia la luna n'cielu
e ju bruciu d'amuri.
Focu ca si consuma
comu lu me cori.

L'anima chianci,
addulurata,
non si da paci.
Ma cchi mala nuttata!

Lu tempu passa
ma non agghiorna.
Non c'e mai suli
s'idda non torna.

Brucia la terra mia
e abbrucia lu me cori.
Cchi siti d'acqua idda
e ju siti d'amuri.

Acu la cantu
la me canzuni
si no c'e nuddu
ca se affacia a lu barcuni.

Brucia la luna n'cielu

e ju bruciu d´amuri...

sábado, 24 de julho de 2010

Precisamos mudar essa realidade...


A Evolução da Educação:

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas... Leiam o relato de uma Professora de Matemática: Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.

Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de matemática em 1950: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro: ( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo? ( )SIM ( ) NÃO
6. Ensino de matemática em 2009: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. ( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
7. Em 2010 já está assim: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder). ( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança. - Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

“Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que se pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

segunda-feira, 21 de junho de 2010



Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF,ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE,foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvão Buarque:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é Nosso.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. "Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto ao desemprego provocado pelas decisões arbitrarias dos especuladores globais.
Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.
Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo,deveria
pertencer ao mundo inteiro.
"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. "Só nossa!.

A Semente da Verdade

A Semente da Verdade

Conto Folclórico Oriental

O imperador precisava achar um sucessor. Sem filhos, nem parentes próximos, ele decidiu chamar todas as crianças do reino.
No dia marcado, dirigiu-se até o palácio, onde havia milhares de pequenos súditos. O imperador disse:
- Crianças, preciso escolher o meu sucessor entre vocês. Vou lhes dar uma tarefa. Aqui estão algumas sementes e quero que vocês as cultivem. O trono será daquele que me trouxer, daqui a um ano, a planta mais bonita.
O dia chegou e o Imperador chamou todas as crianças envolvidas.
Olhava as crianças e examinava os vasos, cada um mais bonito que o outro. Flores lindas e todas as cores.
Próximo ao final daquela multidão de garotos o Imperador observou um menino, cabisbaixo com alguma lágrimas nos olhos segurando um vaso vazio.
- Vejamos, meu jovem, o que tem aí para mim. Disse o Imperador agachando-se.
O garoto não pode mais evitar as lágrimas. Com a cabeça baixa, mostrou o vaso ao imperador e disse:
- Senhor, por mais que eu tenha me esforçado, a semente não brotou. Só tenho a pedir-lhe perdão.
O Imperador olhou aquele garoto nos olhos, levantou e olhando para multidão disse com um brilho no olhar:
- Eis o meu sucessor!
Todas as crianças o olharam assustadas.
Um servo do Imperador indagou: - Mas... por que isso senhor?
Ele colocou a mão no ombro do seu servo e com um ar de orgulho o respondeu:
- Todas as sementes que distribui estavam secas e mortas...


MORAL: “Algumas vezes a verdade não é tão bonita quanto uma flor, mas precisamos encará-la com coragem, para vencer os grandes desafios.”

domingo, 20 de junho de 2010



A S V I R T U D E S



1. INTRODUÇÃO

Ao procurar compreender a virtude não são fáceis as perguntas que a razão humana se defronta: existe realmente a virtude? Em que consiste? Como pode o homem fragmentário em seus atos parciais, encontrar a unidade, o todo? A virtude liberta ou robotiza? O que significa dizer que aquela pessoa é uma “boa pessoa”? Tomemos essas questões como ponto de partida para o desenvolvimento de nossa peça oratória.

2. CONCEITO
Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação.

Para o Espírito Emmanuel a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio. (Pergunta 253 de O Consolador)

Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.

3. HISTÓRICO

Sócrates (470-399 a. C.) - O estudo da virtude se inicia com Sócrates, para quem a virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza humana. Na sua conceituação, comete dois erros: 1) confunde a ordem moral com a ordem do conhecimento; 2) exagerado otimismo.

Platão (429-347 a. C.) - Desenvolve a doutrina de Sócrates. Apresenta a virtude como meio para atingir a bem-aventurança. Descreve as 4 virtudes cardeais: a sabedoria, a fortaleza, a temperança e a justiça.

Aristóteles (384-322 a. C.) - Ao conceito já esboçado como hábito, isto é, de qualidade ou disposição permanente do ânimo para o bem, Aristóteles acrescenta a análise de sua formação e de seus elementos. As virtudes não são hábitos do intelecto como queriam Sócrates e Platão, mas da vontade. Para Aristóteles não existem virtudes inatas, mas todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume (mos), donde o nome virtude moral. Os atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos.

Cristianismo - A influência da Sagrada Escritura fez com que se acrescentasse às virtudes cardeais, as virtudes teologais. Santo Agostinho diz que "a virtude é uma boa qualidade da mente, por meio da qual vivemos retamente". Santo Tomás de Aquino diz que "a virtude é um hábito do bem, ao contrário do hábito para o mal ou o vício".

Kant (1724-1804) - Entre os filósofos não cristãos dos tempos modernos requer especial atenção o sistema kantiano. Kant, em certo sentido, volta às doutrinas estóicas, enquanto procura formular uma ética que seja fim de si mesma, sem leis heterônomas, nem sanções. Mas a Crítica da Razão Prática, que cria a nova moral, não fala de virtude, mas só de moralidade: esta consiste essencialmente no cumprimento do dever, ou seja, dos imperativos categóricos que a razão autônoma dita. Embora por outros caminhos, caiu no mesmo erro dos antigos estóicos, dando-nos uma ética vazia, que se destrói a si mesma, negando todo legislador, toda sanção, todo o fim ulterior de nossas ações.

Aspecto Prático da Virtude - Além do aspecto teórico da sua conceituação, estritamente conexo com o sistema filosófico no qual se enquadra a Ética, apresenta um aspecto prático de vivo e permanente interesse: como formar e desenvolver a virtude. É o campo da Psicologia Educacional e da Pedagogia. No educador exige antes de tudo o bom exemplo, tão necessário, especialmente no trato com as crianças, incapazes de longos raciocínios e vivamente levadas à imitação. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)

4. VIRTUDE EM ARISTÓTELES

4.1. O TEXTO ARISTOTÉLICO

“A virtude é portanto uma disposição adquirida voluntária, que consiste, em relação a nós, na medida, definida pela razão em conformidade com a conduta de um homem ponderado. Ela ocupa a média entre duas extremidades lastimáveis, uma por excesso, a outra por falta. Digamos ainda o seguinte: enquanto, nas paixões e nas ações, o erro consiste ora em manter-se aquém, ora em ir além do que é conveniente, a virtude encontra e adota uma justa medida. Por isso, embora a virtude, segundo sua essência e segundo a razão que fixa sua natureza, consista numa média, em relação ao bem e à perfeição ela se situa no ponto mais elevado”. (Ética a Nicômaco, II, 6)

4.2. TERMOS IMPORTANTES

Para entender corretamente o texto filosófico, devemos localizar os termos mais importantes, e suas noções. Assim:

Virtude (arétè) designa toda excelência própria de uma coisa, em todas as ordens de realidade e em todos os domínios. Aristóteles a emprega assim, embora lhe acrescente o valor moral.

Disposição (héxis) é definida como uma maneira de ser adquirida. O latim traduziu héxis por habitus. A virtude só será habitus se se retirar desse termo o caráter de disposição permanente e costumeira, mecânica, automática.

Mediedade (mésotès): este termo remete tanto ao termo médio de um silogismo quanto à média (ou ao meio termo) que caracteriza a virtude.

4.3. A VIRTUDE É MÉDIA E ÁPICE

Como, pois, entender que virtude é média e ápice?

Aristóteles parte de um conceito geral e delimita-o depois.

Diz, primeiramente, que a virtude é agir de forma deliberada; depois, fala em agir em prol do mais alto bem. Ao falar dela como héxis, enfatiza uma capacidade adquirida, constante e duradoura, o que elimina a pretensa qualidade inata. Assim, ao se comportar moralmente, o homem deve também se comportar racionalmente, ou seja, uma razão que já passou pela prova dos fatos; a mediedade, diz ele, é a que o homem prudente determinaria. E determinaria em função dos homens superiores a ele. Por isso é oportuno aconselhá-los a imitarem os melhores.

4.4. A VIRTUDE NÃO É MÉDIA, ELA É A MÉDIA JUSTA

A mediedade opõe-se a dois vícios simétricos: o excesso e a falta.

Quais são essas práticas que não são virtudes? Os vícios.

Explicação: a natureza moral jamais é natural, e sim o resultado de uma maneira de ser adquirida – para mais ou para menos –, o que representa sempre um excesso. Por exemplo, a coragem é virtude delimitada por essa falta que é a covardia e esse excesso que é a temeridade. A virtude revela-se portanto como um meio termo.

A virtude não é assim uma média aritmética dos excessos para mais ou para menos, ela é o vértice de eminência, ou seja, é ela quem diz qual é o vício para cima ou para baixo. O óbolo da viúva, de que nos lembra o Evangelho, vem a calhar: a viúva que deu apenas uma moeda, deu mais do que o rico, pois enquanto este deu o que lhe sobrava, para ela a quantia representava uma privação. (FOLSCHEID, 2002, cap. III)

5. VIRTUDES CARDEAIS E VIRTUDES TEOLOGAIS

Desde a Antiguidade até os nossos dias, as virtudes foram classificadas em Cardeais e Teologais. As Cardeais são adquiridas pelo esforço; as Teologais como um Dom de Deus.

5.1. VIRTUDES CARDEAIS

As virtudes cardeais são aquelas virtudes essenciais na qual todas as outras decorrem. São em número de quatro: prudência, fortaleza, temperança e justiça. Funciona como uma dobradiça, pois todas as outras devem girar ao redor destas. Isto decorre da etimologia da palavra cardeal (cardo = gonzo = dobradiça).

Prudência - É aquela virtude que permite ao entendimento reflexionar sobre os meios conducentes a um fim racional.

Fortaleza ou valentia - Consiste na disposição para, em conformidade com a razão, isto é, em atenção a bens mais elevados, arrostar perigos, suportar males e não retroceder, nem mesmo ante a morte. A paciência, por exemplo, é uma virtude subordinada à fortaleza, e consiste na capacidade constante de suportar adversidades.

Temperança - Consiste em aperfeiçoar constantemente a potência sensitiva, de modo a conter o prazer sensual dentro dos limites estabelecidos pela sã razão. Assim, a moderação é a temperança no comer, a sobriedade no beber, a castidade no prazer sexual. São aparentados com a temperança: a negação ou domínio de si mesmo, isto é, a vontade de não se deixar desviar do bem, nem sequer pelas mais violentas excitações do desejo.

Justiça - Consiste ela na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa. (Santos, 1965)

5.2. VIRTUDES TEOLOGAIS

Na Ética religiosa a Fé, a Esperança e a Caridade são chamadas teologais, porque não são elas produtos de um hábito, pois o homem não as adquire através de seu próprio esforço.

A Fé é o assentimento do intelecto que crê, com constância e certeza, em alguma coisa. A prudência, a fortaleza, a justiça e a moderação podem ser adquiridas. Ninguém gesta dentro de si a Fé; ou a tem, ou não.

A Esperança é a expectação de algo de superior e perfeito. A Esperança não é o produto de nossa vontade, mas de uma espontaneidade, cujas raízes nos escapam, porque não é ela genuinamente uma manifestação do homem, mas algo que se manifesta pelo homem, porque não encontramos na estrutura de nossa vida biológica, nem da nossa vida intelectual, uma razão que a explique.

A Caridade é a mãe de todas as virtudes como dizem os antigos, e diziam-no com razão: é a raiz de todas as virtudes, porque ela é a bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser Infinito. A caridade, assim, supera a nossa natureza, porque, graças a ela, o homem avança além de si mesmo, além das suas exigências biológicas.

Não são o produto de uma prática, porque pode o homem praticar a caridade sem tê-la no coração; pode o homem exibir uma crença firme, sem alentá-la em seu âmago; pode o homem tentar revelar aos outros que é animado pela esperança, sem ressoar ela em sua consciência. (Santos, 1965)

6. VIRTUDES E VÍCIOS

6.1. OS VÍCIOS MAIS COMUNS

Ao longo do tempo adquirimos uma série de hábitos negativos. Alguns deles são visíveis como o fumo e o álcool; outros, nem tanto. É que costumamos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito evidentes. Nesse sentido, à gula damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal: “cólera sagrada”; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso, quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós.

6.2. VIRTUDES E VÍCIOS NA VISÃO DO ESPIRITISMO

Allan Kardec, nas perguntas 893 e 913 de O Livro dos Espíritos , esclarece-nos este assunto com muita propriedade.

893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?

— Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.

913. Entre os vícios, qual o que podemos considerar mais radical?

Já o dissemos muitas vezes; o egoísmo. Dele deriva todo do mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade.

7. CONCLUSÃO

O movimentar-se diário produz hábitos. Os hábitos maus enraízam de tal sorte em nosso psiquismo que se tornam extremamente difíceis de serem eliminados. Em se tratando do esforço para extingui-lo, parece-nos que cometemos um erro que já se tornou secular, ou seja, combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro, M.E.C., 1967.
FOLSCHEID, Dominique e WUNENBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. Tradução de Paulo Neves. 2. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2002. (Ferramentas)
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed., São Paulo, Matese, 1965.
XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

segunda-feira, 14 de junho de 2010


Ganha força, na Maçonaria, um movimento de mobilização nacional em defesa da cidadania, e acima de tudo da democracia, atacando o governo do crime organizado que promove a corrupção nos três poderes. Circula na Internet, vazada do fechado meio maçônico, datado de 12 de julho, um manifesto assinado por Wilson Filomeno, Ex-Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Santa Catarina e atual Secretário Geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, cobrando uma ação efetiva daqueles “poucos que ainda não se corromperam no poder, e possam contribuir para a normalização da ordem nacional”.

O autor do manifesto foi direto: “Tenho certeza, é o momento histórico para propormos o saneamento da vida pública, através de ampla reforma que afaste do poder aqueles que não sabem honrar a confiança que lhes fora outorgada”. Em outro trecho, o manifesto constata: “O que estamos testemunhando, no presente momento, em todas as esferas da administração pública da Nação brasileira, chega a ser repudiante, e até inacreditável, em face da imobilidade do seu povo, os homens públicos, com raras exceções, comentem as mais descabidos e vergonhosos atos na condução dos interesses nacionais”.

O documento faz um ataque direto ao atual desgoverno: “Os ´Sarneys, os Renans Calheiros´, como peças chaves do Presidente Lula, que deveriam guardar um comportamento ilibado, tendo por fundo a honestidade, são acobertados e protegidos por aquele mesmo Presidente, que não tem demonstrado nenhum interesse que a decência, na esfera pública, seja restabelecida, desde que seja resguardada a candidatura da Senhora Dilma à Presidência da República. E esta, candidata declarada, tem se prestado a levar, às escondidas, e veladamente ao Presidente Lula, para que tudo seja mantido como está, até sua chegada ao poder, notícia vinculada nos jornais nacionais”.

O manifesto da Maçonaria faz uma constatação lamentável: “A falta de uma liderança, que possa empunhar uma bandeira capaz de resgatar a dignidade desse povo, aumenta seu sofrimento e desencoraja-os a tomada de atitudes que manifestem publicamente seu repúdio, sua indignação, frente aos mesquinhos atos que continuam acontecendo, em razão da inércia e da conivência da parte daqueles que poderiam, como nossos porta-vozes, fazer chegar aos mais elevados escalões, dos poucos que ainda guardam o comportamento de verdadeiros patriotas, um pedido de justiça, um grito de socorro”.

O texto lembra que os maçons juram “combater os inimigos da humanidade e da Pátria – como sejam: os hipócritas que a enganam; os pérfidos que a defraudam; os ambiciosos que usurpam e os corruptos, e sem princípios, que abusam da confiança dos povos”. E faz uma autocrítica do atual papel da Maçonaria: “Somos na verdade falsos heróis, o povo brasileiro triste, desencantado e sem esperanças, acomoda-se e assiste, passivamente o violentar da nossa Constituição por homens que receberam nosso voto e juraram defendê-la em prol da felicidade desse povo. E hoje, travestidos em verdadeiros delinqüentes corruptos, despidos de qualquer comportamento ético, aproveitam-se dos cargos para locupletar-se às custas do erário público”.

Apesar da autocrítica, o texto de Wilson Filomeno faz uma convocação otimista aos membros de mais de 5000 Lojas Maçônicas ligadas à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil: “É preciso que o povo sinta que nem tudo está perdido, pois a Maçonaria, mais uma vez, se dispõe a colocar-se ao lado dos verdadeiros brasileiros que clamam pelo expurgo definitivo da podridão que medra o seio político, extirpando os desonestos, os falsos líderes que tudo tem feito para perpetuar-se no poder, à base da hipocrisia”.
MANIFESTO DA MAÇONARIA DE SÃO PAULO!

Os Grãos Mestres do GOSP – Grande Oriente de São Paulo, Eminente BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO, da GLESP – Grandes Lojas do Estado de São Paulo, Sereníssimo FRANCISCO GOMES DA SILVA e do GOP – Grande Oriente Paulista, Sereníssimo JOSÉ MARIA DIAS NETO, por ocasião da data comemorativa, expressam o que segue:

A Maçonaria paulista é solidária à veemente demanda cívica por dignidade na política, manifestada pela sociedade nas pesquisas e por crescentes setores da imprensa. A crise da falta de compostura, de ética e de patriotismo no exercício do Poder eclode dia-a-dia a cada novo escândalo que a classe política produz com surpreendente desfaçatez e prodigalidade.

Estudos Maçônicos, baseados em pesquisas de opinião, revelam que a sociedade paulista apenas aguarda que a oportunidade de mudança se apresente para depor e condenar ao exílio cívico os falsos “líderes políticos”, que há tempos contaminaram nossas Instituições e subjugaram à Pátria e à família brasileira a uma espiral sem fim de cinismo, corrupção e despudor.

Hoje, as Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto sabem seguramente que a sociedade:

1. Tem plena consciência e convicção de que a corrupção é o mal que mais prejudica o País;

2. Tem uma percepção de impunidade que levou descrédito à Justiça: Para cada paulista que confia nela há outro que não confia;

3. Desconfia da classe política: para cada cidadão que confia sempre, há outros que não confiam nunca;

4. A onda de denúncias e escândalos sucessivos geraram percepção de vácuo moral e de justiça, que ampliam o desânimo e as sensações de inevitabilidade, desamparo, impotência e de irrelevância cívica. Resultado: A maior consciência social, ao invés de fortalecer o senso de cidadania, gera alienação e repulsa;

5. Apesar de não crer em alguns políticos, mantém a fé na existência de homens honestos e esperança num futuro mais digno.

Causa perplexidade e indignação, o cinismo e despudorada falta de transparência e senso crítico da classe política, das legendas partidárias e de autoridades na violação da Lei e do devido respeito aos seus representados.

Ao ouvir o clamor das suas Lojas e da sociedade diante da infindável sucessão de escândalos que insultam a consciência civil, drenam o erário público e o orçamento das famílias, a Maçonaria paulista reitera o seu compromisso, expresso em 2007 e em 2008, em prol do resgate da Dignidade no exercício do Poder.

Em respeito à tradição secular e histórica da Instituição desde 1717, e ao seu protagonismo em prol de movimentos e das mais legítimas demandas cívicas da sociedade, como a Independência, Abolição da Escravatura e Proclamação da República, a Maçonaria declara que a causa do Combate à Corrupção e Resgate da Dignidade no exercício do Poder, tem a mesma relevância e urgência social que todas as lutas cívicas pela Liberdade, Justiça e Direitos Civis.

Em nome dos Maçons e da sociedade paulista, a Maçonaria Unida por São Paulo declara guerra à corrupção, à cumplicidade, à conivência, à impunidade, à complacência e à ignorância, que acoberta os canalhas e corruptos que manifestam seu escárnio ao estado de direito e à sociedade brasileira, na sucessão de escândalos prodigalizados pelos parlamentos e governos por todo o Brasil, de pleno e triste conhecimento da nação Brasileira.

O DIAGNÓSTICO E A ESTRATÉGIA:

Dados os alienantes e pífios resultados práticos da estratégia social da simples exposição dos corruptos à mídia (de fora para dentro), defendemos que só há um único meio de descontaminar o sistema adoecido, expurgando os parasitas que se incrustaram no organismo político e administrativo do País: seguir o exemplo que a Natureza nos ensinou para curar um organismo humano doente: Sem pajelanças, berros, nem esperneio, o remédio tem que ser injetado no corpo contagiado para fazer pleno efeito e debelar a doença, de dentro para fora.

A cura para o mal da corrupção está em usar as regras do sistema democrático para, dentro da legalidade e pacificamente, injetar cidadãos de bem no sistema contaminado, desalojando e tomando espaços hoje ocupados por corruptos. Sob o ponto de vista Maçônico, o problema da corrupção não está nas instituições nem no sistema democrático e sim na falta de caráter dos homens, hoje, que os dominam.

TENDO EM VISTA OS FATOS RELACIONADOS, A MAÇONARIA UNIDA POR SÃO PAULO INFORMA À SOCIEDADE PAULISTA QUE:

Já tomou providências e que vários programas e iniciativas já estão em curso, para honrar o compromisso assumido com o povo paulista em 2007 e 2008. E decidiu colocar à disposição da sociedade paulista e da causa nobre do com bate à corrupção suas 1760 Lojas e a colaboração dos seus 54.000 obreiros e líderes espalhados por todo o Estado.

Constitui uma Frente Cívica, batizada Movimento de Dignidade e Inserção Social, e convida os setores organizados da sociedade, cidadãos conscientes e líderes que ainda não perderam a capacidade da indignação, para compor, sob a égide da Maçonaria Unida por São Paulo um Movimento suprapartidário de combate à corrupção. O MOVIMENTO buscará promover a revolução de costumes, a renovação dos quadros políticos e a reforma política aspirada pela sociedade, pela via pacífica e sob o manto da legalidade.

Os objetivos permanentes das Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto são os de promover a inserção social, semear e propagar consciência cívica e organizar o potencial físico, logístico e intelectual dos quadros das instituições e dos cidadãos de bem dispostos a firmar compromisso com a ética e com as entidades representativas da sociedade agrupadas neste Movimento Cívico, integrando sua rede de informações, inaugurando sua ouvidoria social e apoiando estes cidadãos na sua disputa pelo poder contra os corruptos.

Como os Partidos Políticos perderam a credibilidade e, com ela, o poder de conferir aval moral a seus candidatos, o MOVIMENTO preencherá esta lacuna vital, sinalizando, independente da legenda onde estejam, quais são os patriotas com fichas limpas, passado digno e o merecido respaldo social e moral do Movimento.

As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto entendem pela onvergência em torno dos seguintes pontos cardeais:

* Por si só, a publicidade conferida a escândalos leva desesperança e alienação à sociedade e não contribui, em curto prazo, para o fim da impunidade;

* Os atuais partidos impedem as mudanças e renovação que a Nação aspira. É preciso mudar leis que regulam responsabilidades e o regimento interno dos partidos. A indignidade deriva de vícios no sistema, mau caráter de candidatos, cumplicidade, irresponsabilidade e impunidade dos partidos pelos atos da canalha que eles têm a coragem e desfaçatez de infiltrar e manter na vida pública, mesmo a contragosto da sociedade.

* Corrupção e impunidade permeiam o sistema e estrutura partidária. O foco do MOVIMENTO deve ser suprapartidário.

* Se a sociedade não intervier, os “reformadores” serão os corruptos que aí estão e a reforma política ampliará facilidades, privilégios espúrios, impunidade e o avanço deles sobre novos espaços no Poder.

* Não existe cidadania sem Justiça e justiça demorada é ausência de justiça.
É preciso reformar o Código Penal e Civil, eliminando a ausência de justiça (impunidade). Justiça que tarda, mas não falha, só a Divina.
As Obediências Maçônicas signatárias deste Manifesto reafirmam sua tradição, universal e histórica, de emprestar apoio aos direitos, aspirações e movimentos legítimos da sociedade.

Reafirmam também o compromisso público assumido em 2007 e 2008, de oferecer combate à corrupção e a sua fidelidade aos princípios cívicos, como a ética, lealdade à sociedade e franca disposição de seguir na luta pelo resgate da dignidade no exercício do Poder.

Sob a égide do lema Universal “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pedem aos Maçons e brasileiros em acordo com nossa postura que venham a acessar o presente manifesto, que o divulguem por todos os meios ao seu alcance e expressem, com toda a veemência, o clamor que é comum dos Obreiros Maçons e de todos os cidadãos de bem: Fora corruptos! Dignidade Já!

BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO
Grão Mestre Estadual do GOSP– Grande Oriente de São Paulo

FRANCISCO GOMES DA SILVA
Grão Mestre da GLESP– Grandes Lojas Maçônicas do Estado de São Paulo

JOSÉ MARIA DIAS NETO
Grão Mestre do GOP– Grande Oriente Paulista

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aprenda a gerenciar com a máfia:

- Se não der para ganhar uma luta honesta, use golpes baixos ou mande outra pessoa lutar por você.
- Ensine a sua boca a pronunciar “não sei”.
- Se tiver que bater em alguém quando ficar zangado, cuidado para que esse alguém não seja você mesmo.
- É muito melhor que seus inimigos pensem que você é maluco do que o achem razoável e racional.
- A oportunidade faz o larápio: quem não tem a oportunidade de roubar se diz um homem honesto.
- Nada pesa menos que uma promessa.
- Se tiver de machucar alguém, faça-o tão brutalmente que não haja risco de uma vingança.
- Se permitir que seus inimigos – ou amigos – pensem que são iguais a você, eles imediatamente se sentirão superiores.
- Sempre tire a cobra do buraco com a mão de outra pessoa.
- Nunca faça um inimigo sem necessidade.
- É preferível que seu inimigo superestime a sua estupidez do que sua esperteza.
- Não tente mudar seus inimigos. Tente controlá-los. Saiba onde estão, o que pensam e em quem confiam.
- De vez em quando agüente um idiota; você pode descobrir algo de valor. Mas nunca discuta com ele.
- A única maneira de guardar um segredo é não falar nada.
- Em qualquer empreendimento, multiplique os aspectos negativos de suas perspectivas por dois. Divida os aspectos positivos pela metade.
- Quem ronca não dorme.
- Se tiver de mentir, seja breve.
- Abra a boca e a carteira com cautela.
- A melhor defesa contra os traidores é a traição.
- Algumas derrotas são melhores que a vitória; infelizmente, algumas vitórias são piores que as derrotas.
- Nenhum crédito vale tanto quanto o dinheiro vivo.
- Muitas vezes, perde-se a isca ao fisgar o peixe. É uma perda necessária.
- A melhor proteção é ficar fora do alcance do perigo.
- O homem que quer se enforcar, sempre pode ser conduzido a uma corda.
- Um chefe de gangue esperto, faz ele mesmo uma parte do trabalho sujo e se assegura de que seus soldados saibam disto.
- Se tiver de se curvar, curve-se muito, mas muito baixo. E guarde a lembrança amarga até poder se vingar.
- Estabeleça prioridades: se está cercado de jacarés, a primeira providência é drenar o pântano.
- Mil amigos não são o suficiente. Um inimigo o é. Não existe inimigo inofensivo.
- Se não puder vencer, faça com que a vitória de seu inimigo tenha um preço exorbitante.
- O peixe morre pela boca.
- Quando você aceita o meio-termo, você perde. Quando você parece ter aceito o meio-termo, dá um passo para a vitória.
- Aço ruim não dá bom fio.
- Quando se zangar, feche a boca e abra os olhos.
- Águias não caçam moscas.
- Ao patinar em gelo fino, passe rapidamente.
- Nenhum homem dá tanta importância às virtudes quanto às mulheres.
- Dinheiro é sempre bem vindo, mesmo que seja numa sacola suja.
- Se você não perceber o truque na primeira meia hora de jogo, desista.
- A freira fugitiva sempre fala mal do convento.
- Um punhado de sorte vale mais do que uma tonelada de sabedoria.
- Tudo o que vai, volta – mas nunca a tempo.
- Lobos perdem os dentes, mas não o instinto.
- De cada quinze que elogiam, pelo menos quatorze mentem.
- Lide com os fatos de uma situação ruim como se fosse pior do que o são. Não tente lidar com os fatos de uma situação boa.
- Mulher, vento e sorte mudam rapidamente.
- Sempre se tem o suficiente – suficiente para guardar, para recompensar, para ser roubado – se antes se abocanhou tudo.
- Acredite no homem, não no juramento.
- Mais virgindades já se perderam pela curiosidade do que pelo amor.
- Sentimento é coisa de imbecil.
- Só se conhece o soldado quando ele vira tenente.
- Quando tiver de cortar, convença a vítima de que você é um cirurgião.
- O capo conta parte de seu plano para um, parte para outro, tudo para ninguém.
- Para acabar logo, vá com calma.
- Todo botão tem um terno no armário.
- A sorte sorri e depois trai.
- A mulher de um homem descuidado é quase viúva.
- Muito depois de os outros pecados terem envelhecidos, a avareza continua jovem.
- Se você é a bigorna, seja paciente; se é o martelo, bata.
- A escolha errada, muitas vezes, parece a mais razoável.
- A sorte está do lado dos fortes.
- O silêncio não comete erros.
- Na paz, esteja preparado para a guerra.
- Deixe seu adversário falar. Quando ele acabar, deixe que ele fale um pouco mais.
- Não ensine aos seus soldados todos os seus truques, ou você pode se tornar vítima de si mesmo.
- Em casa fria, procure um corpo quente.
- Para enganar um inimigo, finja que o teme.
- Depois da guerra, muitos heróis se apresentam.
- Dissabores sempre entram pela porta que lhes foi aberta.
- Depois da vitória, afie a faca.
- Quem nunca sai à rua, não conhece o pedaço.
- Se os outros passam toda a vez que você tem uma boa mão, é porque lêem sua expressão.
- Quem bate primeiro, bate por último.
- Vitórias são temporárias, derrotas também.
- Trate estranhos como amigos. Confie neles como num estranho.
- Muitas divergências podem ser resolvidas entre lençóis.

sábado, 22 de maio de 2010

'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez..... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

sexta-feira, 19 de março de 2010

A elegância é um ESTADO DE ESPÍRITO. Quando se fala em elegância a última coisa que importa é a roupa. Ela nos acompanha do momento em que acordamos ao fechar dos olhos na noite. Vai muito além de saber usar talheres e do sorriso certo em festas. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete.

São as três frases fundamentais na boca elegante: "POR FAVOR", "MUITO OBRIGADO” e “SINTO MUITO”. É tão simples e tão óbvio que esquecemos delas a todo instante. Independe de hierarquias, posição social ou religiosa. Se você as usa somente com algumas pessoas, com certeza, a elegância passou longe. Se deixou de usar com as pessoas mais próximas e íntimas, naquela base “Ah! É minha amiga”, são estas, acima de tudo, que merecem todas as gentilezas do mundo.

Ser elegante é ter a capacidade de PERCEBER O INVISÍVEL nas pessoas, cidades, no mundo. Aguçar a capacidade de enxergar o que não é revelado a primeira vista, manter o espírito curioso, desenvolver a sensibilidade, faz parte do mundo elegante.

Ser elegante é sempre deixar o CORAÇÃO a mostra. Não importa o que os outros digam, não importa de que lado você esteja, não importa quem você é. O amor muda as pessoas, cura as mágoas, seca cicatrizes e faz a gente sorrir.

Ser elegante é saber COMPARTILHAR. Nada adianta acumular conhecimentos, coisas materiais, amizades, se temos um quê de egoísta. Muitas vezes menos é mais, dividir é somar. A matemática da vida é menos precisa, mas viver é preciso.

Elegância é saber DEIXAR AS MÁSCARAS caírem para revelarem nosso verdadeiro eu, sem que isso nos deixem frágeis ou vulneráveis. Num mundo de aparências, a verdade é sempre bem-vinda.

Ser elegante é ter a capacidade de se REINVENTAR todos os dias.Todos nós somos frutos de uma soma infinita de informações, relações, afetos e desafetos. Não significa que temos que reservar somente os bons momentos na memória, com o risco de cometer os mesmos erros, mas de fato lembrar [sempre] que somos uma possibilidade sensível de melhorar o mundo em que vivemos.

Elegância tem haver com SABER ENFIAR O PÉ NA JACA E ENFRENTAR O DIA SEGUINTE. Mas temos a obrigação de SABER QUE HORA PARAR! Antes do vexame, antes da queda,da perda de memória, antes da culpa!

A capacidade de RIR DE SI MESMO é de fato, muito elegante. Quem se leva a sério demais, corre o risco de virar um chato. Somos todos ridículos alguma vez na vida, temos gostos cafonas espalhados aqui e acolá, então relaxe e aproveite mais você mesmo e a vida.

SER ELEGANTE não tem nada haver com frescura. Pedir licença para nosso lado brucutu, é descobrir que NUM MUNDO CADA VEZ MAIS VIOLENTO, A ARTE DE CONVIVER É CADA VEZ MAIS URGENTE E NECESSÁRIA.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Muito interessante !!! Vejam abaixo, a síntese de cada um dos capítulos de As 48 Leis do Poder
LEI

NÃO OFUSQUE O BRILHO DO MESTRE
Faça sempre com que as pessoas acima de você se sintam confortavelmente superiores. Querendo agradar ou impressionar, não exagere exibindo seus próprios talentos ou poderá conseguir o contrário inspirar medo e insegurança. Faça com que seus mestres pareçam mais brilhantes do que são na realida¬de e você alcançará o ápice do poder.
LEI 2
NÃO CONFIE DEMAIS NOS AMIGOS, APRENDA A USAR OS INIMIGOS
Cautela com os amigos - eles o trairão mais rapidamente, pois são com mais facilidade levados à inveja. Eles também se tornam mimados e tirânicos. Mas contrate um ex-inimigo e ele lhe será mais fiel do que um amigo, porque tem mais a provar. De fato, você tem mais o que temer por parte dos amigos do que dos inimigos. Se você não tem inimigos, descubra um jeito de tê-los.
LEI 3
OCULTE AS SUAS INTENÇÕES
Mantenha as pessoas na dúvida e no escuro, jamais revelando o propósito de seus atos. Não sabendo o que você pretende, não podem preparar uma defesa. Leve-as pelo caminho errado até bem longe, envolva-as em bastante fumaça e, quando elas perceberem as suas intenções, será tarde demais.
LEI 4
DIGA SEMPRE MENOS DO QUE O NECESSÁRIO
Quando você procura impressionar as pessoas com palavras, quanto mais você diz, mais comum aparenta ser, e menos controle da situação parece ter. Mesmo que você esteja dizendo algo banal, vai parecer original se você o tornar vago, amplo e enigmático. Pessoas poderosas impressionam e intimidam falando pouco. Quanto mais você fala, maior a probabilidade de dizer uma besteira.
LEI 5
MUITO DEPENDE DA REPUTAÇÃODÊ A PRÓPRIA VIDA PARA DEFENDÊ-LA
A reputação é a pedra de toque do poder. Com a reputação apenas você pode intimidar e vencer; um deslize, entretanto, e você fica vulnerável, e será atacado por todos os lados. Torne a sua reputação inexpugnável. Esteja sempre alerta aos ataques em potencial e frustre-os antes que aconteçam. Enquanto isso, aprenda a destruir seus inimigos minando as suas próprias reputações. Depois, afaste-se e deixe a opinião pública acabar com eles.
LEI 6
CHAME ATENÇÃO A QUALQUER PREÇO
Julga-se tudo pelas aparências; o que não se vê não conta. Não fique perdido no meio da multidão, portanto, ou mergulhado no esquecimento. Destaque-se. Fique visível, a qualquer preço. Atraia as atenções parecendo maior, mais colorido, mais misterioso do que as massas tímidas e amenas.
LEI 7
FAÇA OS OUTROS TRABALHAREM POR VOCÊ,MAS SEMPRE FIQUE COM O CRÉDITO
Use a sabedoria, o conhecimento e o esforço físico dos outros em causa própria. Não só essa ajuda lhe economizará um tempo e uma energia valiosos, como lhe dará uma aura divina de eficiência e rapidez. No final, seus ajudantes serão esquecidos e você será lembrado. Não faça você mesmo o que os outros podem fazer por você.
LEI 8
FAÇA AS PESSOAS VIREM ATÉ VOCÊUSE UMA ISCA, SE FOR PRECISO
Quando você força os outros a agir, é você quem está no controle. E sempre melhor fazer o seu adversário vir até você, abandonando seus próprios planos no processo. Seduza-o com a possibilidade de ganhos fabulosos - depois ataque. E você quem dá as cartas.
LEI 9
VENÇA POR SUAS ATITUDES, NÃO DISCUTA
Qualquer triunfo momentâneo que você tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória de Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. E muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique.
LEI 10
CONTÁGIO: EVITE O INFELIZ E AZARADO
A miséria alheia pode matar você - estados emocionais são tão contagiosos quanto as doenças. Você pode achar que está ajudando o homem que se afoga, mas só está precipitando o seu próprio desastre. Os infelizes às vezes provocam a própria infelicidade; vão provocar a sua também. Associe-se, ao contrário, aos felizes e afortunados.
LEI 11
APRENDA A MANTER AS PESSOAS DEPENDENTES DE VOCÊ
Para manter a sua independência você deve sempre ser necessário e querido. Quanto mais dependerem de você, mais liberdade você terá. Faça com que as pessoas dependam de você para serem felizes e prósperas, e você não terá nada o que temer. Não lhes ensine o bastante a ponto de poderem se virar sem você.
LEI 12
USE A HONESTIDADE E A GENEROSIDADE SELETIVAS PARA DESARMAR A SUA VÍTIMA
Um gesto sincero e honesto encobrirá dezenas de outros desonestos. Até as pessoas mais desconfiadas baixam a guarda diante de atitudes francas e generosas. Uma vez que a sua honestidade seletiva as desarma, você pode enganá-las e manipulá-las à vontade. Um presente oportuno - um cavalo de Tróia - será igualmente útil.
LEI 13
AO PEDIR AJUDA, APELE PARA O EGOÍSMO DAS PESSOAS,JAMAIS PARA A SUA MISERICÓRDIA OU GRATIDÃO
Se precisar pedir ajuda a um aliado, não se preocupe em lembrar a ele a sua assistência e boas ações no passado. Ele encontrará um meio de ignorar você. Em vez disso, revele algo na sua solicitação, ou na sua aliança com ele, que o vá beneficiar, e exagere na ênfase. Ele reagirá entusiasmado se vir que pode lucrar alguma coisa com isso.
LEI 14
BANQUE O AMIGO, AJA GOMO ESPIÃO
Conhecer o seu rival é importantíssimo. Use espiões para colher informações preciosas que o colocarão um passo à frente. Melhor ainda: represente você mesmo o papel de espião. Em encontros sociais, aprenda a sondar. Faça perguntas indiretas para conseguir que as pessoas revelem seus pontos fracos e intenções. Todas as ocasiões são oportunidades para uma ardilosa espionagem.
LEI 15
ANIQUILE TOTALMENTE O INIMIGO
Todos os grandes líderes, desde Moisés, sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente. (Às vezes, eles aprendem isso da maneira mais difícil.) Se restar uma só brasa, por menor que seja, acabará se transformando numa fogueira. Perde-se mais fazendo concessões do que pela total aniquilação: o inimigo se recuperará, e quererá vingança. Esmague-o, física e espiritualmente.
LEI 16
USE A AUSÊNCIA PARA AUMENTAR O RESPEITO E A HONRA
Circulação em excesso faz os preços caírem: quanto mais você é visto e escutado, mais comum vai parecer. Se você já se estabeleceu em um grupo, afastando-se temporariamente se tornará uma figura mais comentada, até mais admirada. Você deve saber quando se afastar. Crie valor com a escassez.
LEI 17
MANTENHA OS OUTROS EM UM ESTADO LATENTE DE TERROR. CULTIVE UMA ATMOSFERA DE IMPREVISIBILIDADE
Os homens são criaturas de hábitos com uma necessidade insaciável de ver familiaridade nos atos alheios. A sua previsibilidade lhes dá um senso de controle. Vire a mesa: seja deliberadamente imprevisível. O comportamento que parece incoerente ou absurdo os manterá desorientados, e eles vão ficar exaustos tentando explicar seus movimentos. Levada ao extremo, esta estratégia pode intimidar e aterrorizar.
LEI 18
NÃO CONSTRUA FORTALEZAS PARA SE PROTEGERO ISOLAMENTO É PERIGOSO
O mundo é perigoso e os inimigos estão por toda a parte - todos precisam se proteger. Uma fortaleza parece muito segura. Mas o isolamento expõe você a mais perigos do que o protege deles – você fica isolado de informações valiosas, transforma-se num alvo fácil e evidente. Melhor circular entre as pessoas, descobrir aliados, se misturar. A multidão serve de escudo contra os seus inimigos.
LEI 19
SAIBA COM QUEM ESTÁ LIDANDONÃO OFENDA A PESSOA ERRADA
No mundo há muitos tipos diferentes de pessoas, e você não pode esperar que todas reajam da mesma forma às suas estratégias. Engane ou passe a perna em certas pessoas e elas vão passar o resto da vida procurando se vingar de você. São lobos em pele de cordeiro. Cuidado ao escolher suas vítimas e adversários, portanto -jamais ofenda ou engane a pessoa errada.
LEI 20
NÃO SE COMPROMETA COM NINGUÉM
Tolo é quem se apressa a tomar um partido. Não se comprometa com partidos ou causas, só com você mesmo. Mantendo-se independente, você domina os outros - colocando as pessoas umas contra as outras, fazendo com que sigam você.
LEI 21
FAÇA-SE DE OTÁRIO PARA PEGAR OS OTÁRIOSPAREÇA MAIS BOBO DO QUE O NORMAL
Ninguém gosta de se sentir mais idiota do que o outro. O truque, portanto, é fazer com que suas vítimas se sintam espertas - e não só espertas, mas mais espertas do que você. Uma vez convencidas disso, elas jamais desconfiarão que você possa ter segundas intenções.
LEI 22
USE A TÁTICA DA RENDIÇÃO: TRANSFORME A FRAQUEZA EM PODER
Se você é o mais fraco, não lute só por uma questão de honra; é preferível se render. Rendendo-se, você tem tempo para se recuperar, tempo para atormentar e irritar o seu conquistador, tempo para esperar que ele perca o seu poder. Não lhe dê a satisfação de lutar e derrotar você - renda-se antes. Oferecendo a outra face, você o enraivece e desequilibra. Faça da rendição um instrumento de poder.
LEI 23
CONCENTRE AS SUAS FORÇAS
Preserve suas forças e sua energia concentrando-as no seu ponto mais forte. Ganha-se mais descobrindo uma mina rica e cavando fundo, do que pulando de uma mina rasa para outra - a profundidade derrota a superficialidade sempre. Ao procurar fontes de poder para promovê-lo, descubra um patrono-chave, a vaca cheia de leite que o alimentará durante muito tempo.
LEI 24
REPRESENTE O CORTESÃO PERFEITO
O cortesão perfeito prospera num mundo onde tudo gira em torno do poder e da habilidade política. Ele domina a arte da dissimulação; ele adula, cede aos superiores, e assegura o seu poder sobre os outros da forma mais gentil e dissimulada. Aprenda e aplique as leis da corte e não haverá limites para a sua escalada na corte.
LEI 25
RECRIE-SE
Não aceite os papeis que a sociedade lhe impinge. Recrie-se forjando uma nova identidade, uma que chame atenção e não canse a platéia. Seja senhor da sua própria imagem, em vez de deixar que os outros a definam para você. Incorpore artifícios dramáticos aos gestos e ações públicas - seu poder se fortalecerá e sua personagem parecerá maior do que a realidade.
LEI 26
MANTENHA AS MÃOS LIMPAS
Você deve parecer um modelo de civilidade e eficiência: suas mãos não se sujam com erros e atos desagradáveis. Mantenha essa aparência impecável fazendo os outros de joguete e bode expiatório para disfarçar a sua participação.
LEI 27
JOGUE COM A NECESSIDADE QUE AS PESSOAS TÊM DE ACREDITAR EM ALGUMA COISA PARA CRIAR UM SÉQUITO DE DEVOTOS
As pessoas têm um desejo enorme de acreditar em alguma coisa. Torne-se o foco desse desejo oferecendo a elas uma causa, uma nova fé para seguir. Use palavras vazias de sentido, mas cheias de promessas; enfatize o entusiasmo de preferência à racionalidade e à clareza de raciocínio. Dê aos seus novos discípulos rituais a serem cumpridos, peça-lhes que se sacrifiquem por você. Na ausência de uma religião organizada e de grandes causas, o seu novo sistema de crença lhe dará um imensurável poder.
LEI 28
SEJA OUSADO
Inseguro quanto ao que fazer, não tente. Suas dúvidas e hesitações contaminarão os seus atos. A timidez é perigosa: melhor agir com coragem. Qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram o corajoso; ninguém louva o tímido.
LEI 29
PLANEJE ATÉ O FIM
O desfecho é tudo. Planeje até o fim, considerando todas as possíveis conseqüências, obstáculos e reveses que possam anular o seu esforço e deixar que os outros fiquem com os louros. Planejando tudo até o fim, você não será apanhado de surpresa e saberá quando parar. Guie gentilmente a sorte e ajude a determinar o futuro pensando com antecedência.
LEI 30
FACA AS SUAS CONQUISTAS PARECEREM FÁCEIS
Seus atos devem parecer naturais e fáceis. Toda a técnica e o esforço necessários para sua execução, e também os truques, devem estar dissimulados. Quando você age, age sem se esforçar, como se fosse capaz de muito mais. Não caia na tentação de revelar o trabalho que você teve - isso só despertará dúvidas. Não ensine a ninguém os seus truques ou eles serão usados contra você.
LEI 31
CONTROLE AS OPÇÕES: QUEM DÁ AS CARTAS É VOCÊ
As melhores trapaças são as que parecem deixar ao outro uma opção: suas vítimas acham que estão no controle, mas na verdade são suas marionetes. Dê às pessoas opções que sempre resultem favoráveis a você. Force-as a escolher entre o menor de dois males, ambos atendem ao seu propósito. Coloque-as num dilema: não terão escapatória.
LEI 32
DESPERTE A FANTASIA DAS PESSOAS
Em geral evita-se a verdade porque ela é feia e desagradável. Não apele para o que é verdadeiro ou real se não estiver preparado para enfrentar a raiva que vem com o desencanto. A vida é tão dura e angustiante que as pessoas capazes de criar romances ou invocar fantasias são como oásis no meio do deserto: todos correm até lá. Há um enorme poder em despertar a fantasia das massas.
LEI 33
DESCUBRA O PONTO FRACO DF CADA UM
Todo mundo tem um ponto fraco, uma brecha no muro do castelo. Essa fraqueza em geral é uma insegurança, uma emoção ou necessidade incontrolável; pode também ser um pequeno prazer secreto. Seja como for, uma vez encontrado esse ponto nevrálgico, é ali que você deve apertar.
LEI 34
SEJA ARISTOCRÁTICO AO SEU PRÓPRIO MODO;AJA COMO UM REI PARA SER TRATADO COMO TAL
A maneira como você se comporta em geral determina com você é tratado: a longo prazo, aparentando ser vulgar ou comum, você fará com que as pessoas o desrespeitem. Pois um rei respeita a si próprio e inspira nos outros o mesmo sentimento. Agindo com realeza e confiança nos seus poderes, você se mostra destinado a usar uma coroa.
LEI 35
DOMINE A ARTE DE SABER O TEMPO CERTO
Jamais demonstre estar com pressa – a pressa trai a falta de controle de si mesmo, e do tempo. Mostre-se sempre paciente, como se soubesse que tudo acabará chegando até você. Torne-se um detetive do momento certo; fareje o espírito dos tempos, as tendências que levarão ao poder. Aprenda a esperar quando ainda não é hora, e atacar ferozmente quando for propício.
LEI 36
DESPREZE O QUE NÃO PUDER TER. IGNORAR É A MELHOR VINGANÇA
Reconhecendo um problema banal, você lhe dá existência e credibilidade. Quanto mais atenção você der a um inimigo, mais forte você o torna; e um pequeno erro às vezes se torna pior e mais visível se você tentar consertá-lo. Às vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Se existe algo que você quer, mas mão pode ter, mostre desprezo. Quanto menos interesse você revelar, mais superior vai parecer.
LEI 37
CRIE ESPETÁCULOS ATRAENTES
Imagens surpreendentes e grandes gestos simbólicos criam uma aura de poder - todos reagem a eles. Encene espetáculos para os que o cercam, repletos de elementos visuais interessantes e símbolos radiantes que realcem a sua presença. Deslumbrados com as aparências, ninguém notará o que você realmente está fazendo.
LEI 38
PENSE COMO QUISER, MAS COMPORTE-SE COMO OS OUTROS
Se você alardear que é contrário às tendências da época, ostentando suas idéias pouco convencionais e modos não ortodoxos, as pessoas vão achar que você está apenas querendo chamar atenção e se julga superior. Acharão um jeito de punir você por fazê-las se sentir inferiores. É muito mais seguro juntar-se a elas e desenvolver um toque comum. Compartilhe a sua originalidade só com os amigos tolerantes e com aqueles que certamente apreciarão a sua singularidade.
LEI 39
AGITE AS ÁGUAS PARA ATRAIR OS PEIXES
Raiva e reações emocionais são contraproducentes do ponto de vista estratégico. Você precisa se manter sempre calmo e objetivo. Mas, se conseguir irritar o inimigo sem perder a calma, você ganha uma inegável vantagem. Desequilibre o inimigo: descubra uma brecha na sua vaidade para confundi-lo e é você quem fica no comando.
LEI 40
DESPREZE O QUE VIER DE GRAÇA
O que é oferecido de graça é perigoso - em geral é um ardil ou tem uma obrigação oculta. Se tem valor, vale a pena pagar. Pagando, você se livra de problemas de gratidão e culpa. Também é prudente pagar a valor integral - com a excelência não se economiza. Seja pródigo com seu dinheiro e o mantenha circulando, pois a generosidade é um sinal e um ímã para o poder.
LEI 41
EVITE SEGUIR AS PEGADAS DE UM GRANDE HOMEM
O que acontece primeiro sempre parece melhor e mais original do que o que vem depois. Se você substituir um grande homem ou tiver um pai famoso, terá de fazer o dobro do que eles fizeram para brilhar mais do que eles. Não fique perdido na sombra deles, ou preso a um passado que não foi obra sua: estabeleça o seu próprio nome e identidade mudando de curso. Mate o pai dominador, menospreze o seu legado e conquiste o poder com a sua própria luz.
LEI 42
ATAQUE O PASTOR E AS OVELHAS SE DISPERSAM
A origem dos problemas em geral pode estar num único indivíduo forte - o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se você der espaço para essas pessoas agirem, outros sucumbirão a sua influência. Não espere os problemas que eles causam se multiplicarem, não tente negociar com eles - eles são irredimíveis. Neutralize a sua influência isolando-os ou banindo-os. Ataque à origem dos problemas e as ovelhas se dispersarão.
LEI 43
CONQUISTE CORAÇÕES E MENTES
A coerção provoca reações que acabam funcionando contra você. É preciso atrair as pessoas para que queiram vir até você. A pessoa seduzida torna-se um fiel peão. Seduzem-se os outros atuando individualmente em suas psicologias e pontos fracos. Amacie o resistente atuando em suas emoções, jogando com aquilo de que ele gosta muito ou teme. Ignore os corações e as mentes dos outros e eles o odiarão.
LEI 44
DESARME E ENFUREÇA COM O EFEITO ESPELHO
O espelho reflete a realidade, mas também é a ferramenta perfeita para a ilusão. Quando você espelha os seus inimigos, agindo exatamente como eles agem, eles não entendem a sua estratégia. O Efeito Espelho os ridiculariza e humilha, fazendo com que reajam exageradamente. Colocando um espelho diante das suas psiques, você os seduz com a ilusão de que compartilha os seus valores; ao espelhar as suas ações, você lhes dá uma lição. Raros são os que resistem ao poder do Efeito Espelho.
LEI 45
PREGUE A NECESSIDADE DE MUDANÇA, MAS NÃO MUDE MUITA COISA AO MESMO TEMPO
Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é traumático, e conduz à rebeldia. Se você é novo numa posição de poder, ou alguém de fora tentando construir a sua base de poder, mostre explicitamente que respeita a maneira antiga de fazer as coisas. Se a mudança é necessária, faça-a parecer uma suave melhoria do passado.
LEI 46
NÃO PAREÇA PERFEITO DEMAIS
Parecer melhor do que os outros é sempre perigoso, mas o que é perigossímo é parecer não ter falhas ou fraquezas. A inveja cria inimigos silenciosos. E sinal de astúcia exibir ocasionalmente alguns defeitos, e admitir vícios inofensivos, para desviar a inveja e parecer mais humano e acessível. Só os deuses e os mitos podem parecer perfeitos impunemente.
LEI 47
NÃO ULTRAPASSE A META ESTABELECIDA;NA VITÓRIA, APRENDA A PARAR
O momento da vitória é quase sempre o mais perigoso. No calor da vitória, a arrogância e o excesso de confiança podem fazer você avançar além da sua meta e, ao ir longe demais, você conquista mais inimigos do que derrota. Não deixe o sucesso lhe subir à cabeça. Nada substitui a estratégia e o planejamento cuidadoso, fixe a meta e, ao alcançá-la, pare.
LEI 48
EVITE TER UMA FORMA DEFINIDA
Ao assumir uma forma, ao ter um plano visível, você se expõe ao ataque. Em vez de assumir uma forma que o seu inimigo possa agarrar, mantenha-se maleável e em movimento. Aceite o fato de que nada é certo e nenhuma lei é fixa. A melhor maneira de se proteger é ser tão fluido e amorfo como a água; não aposte na estabilidade ou na ordem permanente. Tudo muda.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Meus amigos vejam que fantastico o pronunciamento do Ministro Ayres Britto do STF - caso Arruda

O ministro Ayres Britto disse que os fundamentos da prisão preventiva se sobrepõem aos do Habeas Corpus. “Não há processo, mas um Inquérito, um pré-processo. Se obstaculizar estaremos blindando as autoridades.” As garantias constitucionais são menores no Inquérito, não há abertura de espaço para ampla defesa e contraditório, que são assegurados nos processos administrativos e judiciais. No Inquérito não há acusado nem litigantes para que hajam esses institutos. “Dói na alma e no coração ver um governador sair do palácio para a cadeia, mas é preciso que o Estado reaja aos que agem fora da lei.”